Em seu significado genérico, um número-índice consiste numa média de variações relativas.
Se as variações medidas são as correspondentes aos preços, um número-índice de preços deve ser construído, o mesmo acontecendo com outras variáveis, como taxas de câmbio, taxas de juros, salários etc. Se as variações medidas são as correspondentes às quantidades, um número-índice específico deve ser construído: por exemplo, o correspondente ao quantum da produção industrial, da agrícola, das exportações, das importações etc.
A utilização dos números-índices remonta à primeira metade do século 19; na segunda metade daquele século, Stanley Jevons escolheu a denominação, consagrando-a no campo da economia. Entre todas as médias, a geométrica apresenta-se como a mais adequada para a medição das variações relativas de preços. Os preços podem aumentar mais do que 100%, mas não podem diminuir mais do que 100%. (extraído do Novíssimo Dicionário de Economia, de Paulo Sandroni)
O emprego do número-índice facilita alguns cálculos fundamentais na divulgação de notícias. Por exemplo, para saber quanto é uma inflação anual, dada uma inflação mensal de 0,5% ao mês e partindo da hipótese de que essa taxa se repita nos onze meses subsequentes, bastaria fazer o seguinte cálculo em número-índice: 1,00512 = 1,061677, ou seja, corresponde a uma inflação anual de 6,16% (ou 6,17, se quiser fazer aproximações). Do mesmo modo, se um banco oferece no cheque especial uma taxa de juros de 9,5% ao mês, basta trabalhar com o número-índice para saber quanto isso vai custar no ano: 1,09512 = 2,971 ou seja, 197,1%. Se tiver dificuldade para converter em percentual, basta multiplicar o resultado obtido em número-índice por 100 e subtrair este de 100 (x 100-100). Esse cálculo simples é de grande ajuda ao jornalista econômico no seu dia a dia.